Tarifas dos EUA abrem portas: novos mercados bilionários para exportações brasileiras
- Domani Consultoria
- há 7 dias
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O mercado brasileiro vem sendo pressionado pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, que entraram em vigência neste dia 06 de agosto. O país norte-americano, que é o segundo maior parceiro comercial do Brasil e destino de 12% das exportações brasileiras, causou várias movimentações no comércio internacional frente ao temor do impacto dos novos embargos comerciais. Com esta sobretaxa de 50% aplicada aos produtos brasileiros, muitos produtores nacionais questionam-se acerca da situação atual de viabilidade de suas exportações, sobretudo aqueles que planejam exportar pela primeira vez.
Neste blog, a Domani Consultoria Internacional esclarece o real impacto que esta medida terá nos pequenos exportadores e explora outras incríveis oportunidades que momentos de crise como este oferecem para quem ousa pensar fora da caixinha!

Quem vai ser afetado? Nem todos foram alvos das tarifas americanas!
Apesar do grande tumulto em torno das tarifas americanas, é preciso muita cautela. Os embargos acumulados, que chegam a 50%, afetam menos da metade das exportações brasileiras para os Estados Unidos: apenas 6% do total das exportações brasileiras vão sofrer o impacto das novas medidas de agosto. Dá para perceber que uma quantidade considerável de produtos foi deixada de fora pelos americanos: setores essenciais como petróleo, sucos de laranja e aeronaves não estão na lista do tarifaço. Ao todo, existem 694 produtos específicos que estão isentos das novas taxações americanas.
No entanto, alguns setores de muita importância entraram na tão polêmica lista de tarifas: carnes, frutas e café são os maiores exemplos. O importante, neste caso, é analisar a conjuntura internacional e doméstica dos Estados Unidos. Olhando por essa perspectiva, as novas tarifas devem causar um aumento de preço de 36% para produtos brasileiros no país estrangeiro, o que vai afetar o consumo de áreas estratégicas da economia americana que dependem de exportações brasileiras, como o café. Existem outros fornecedores de café que conseguem suprir as demandas americanas do produto? A curto prazo, esta previsão é muito difícil tanto em termos quantitativos quanto qualitativos: o Brasil é responsável por 44% de toda a produção global de café arábica, tipo de grão conhecido por seu alto valor. O café arábica brasileiro é essencial para o consumo americano da bebida, que normalmente mistura esse grão de maior qualidade com outros de menor qualidade, conhecidos como robusta, para comercialização.
Desta forma, o produtor americano deve enfrentar um dilema: ou aumentar significativamente o preço da sua mercadoria, ou vender o mesmo produto com uma qualidade inferior. Frente a essa situação incontornável, a principal instituição cafeeira americana, a National Coffee Association (NCA), já manifestou publicamente seu desejo de que o grão brasileiro de café fique isento dos novos embargos tarifários. Por outro lado, a pressão da sociedade americana sobre o aumento de preços causado pelas tarifas aplicadas à parceiros comerciais americanos, como o próprio Brasil e, recentemente, a Índia, devem pressionar a Casa Branca a negociarem reduções tarifárias. Além disso, este novo cenário abre um enorme leque de possibilidades de diversificação de parceiros comerciais, e a Domani já mapeou as principais apostas para quem quer aproveitar o momento. Quer saber quais são elas? Continue com a gente!
Para onde ir? Novos horizontes para as exportações brasileiras!
Não é de hoje que o Brasil busca diversificar suas exportações e descentralizar seu fluxo de exportação para outras regiões do globo que não os Estados Unidos. É possível dizer que este processo não só começou há décadas, como está em pleno vapor: os norte-americanos viram, nos últimos vinte anos, sua participação no mercado brasileiro encolher de 25% para 13%. Isto não significa de forma alguma que o Brasil exporta menos para o mundo do que no começo do século 21. Pelo contrário: em 2000, se exportava 6 vezes menos do que em 2024. O que esta conjuntura revela é que a exportação brasileira depende cada vez menos dos Estados Unidos e está cada vez mais conectada com outras regiões do globo. A seguir a Domani listou alguns dos principais destinos que despontam como promissoras alternativas ao mercado norte-americano.
China
A China, por exemplo, é hoje o maior parceiro comercial brasileiro. Sendo o destino de 28% de todas as exportações brasileiras, o gigante asiático decidiu adiar investigações acerca de carne bovina importada, dando uma margem considerável para que os exportadores brasileiros ampliem suas vendas e ajustem seus processos. O país também assinou, em declaração conjunta com o Brasil em maio deste ano, um documento que estabelece um compromisso de padronização fitossanitária acerca da fiscalização da carne, produto com crescente demanda interna, em especial entre as classes alta e média chinesas.
Nesse sentido, estar ciente de todos os procedimentos obrigatórios necessários para estar de acordo com os padrões fitossanitários exigidos pelas diversas regulamentações internacionais é tarefa obrigatória ao planejar uma exportação para a China. Caso você ainda não se sinta seguro para fazer esta busca de forma autônoma, a Domani tem soluções pensadas justamente para casos como o seu, clique no botão abaixo e fale com um de nossos consultores!
União Europeia
Outro parceiro de longa data do Brasil que pode ser um mercado alternativo frente às pressões tarifárias americanas é a União Europeia. A região já apresenta forte participação em diversos setores estratégicos brasileiros, como o próprio café. Dos 10 maiores compradores do produto brasileiro, 6 são europeus. O continente importa praticamente 50% do café brasileiro e pode ver estes números crescendo com a vigência do acordo entre o Mercosul e a UE, que atualmente está passando por revisão. A aplicação das tarifas americanas sobre produtos europeus, prevista no acordo firmado em julho, gerou preocupação em setores da economia do Velho Continente. Diante desse cenário, muitos avaliam reduzir a dependência dos Estados Unidos e da China, buscando ampliar as parcerias comerciais com países latino-americanos, entre eles o Brasil.
Se interessou por estas novas possibilidades? Neste turbilhão de tendências, a Domani pode te auxiliar a encontrar o melhor destino para sua exportação e expandir seu negócio para o mercado internacional. Conheça nossos cases de sucesso europeus agora mesmo!
Liga Árabe
Em 2024, as somatórias das exportações brasileiras para os 22 países da Liga Árabe foram equivalentes a incríveis 23,68 bilhões de dólares, um recorde! Estes mercados que já estavam extremamente aquecidos antes, agora com as tarifas de Donald Trump, demonstram uma real possibilidade de saltarem ainda mais em volume exportado.
Um dos produtos com maior potencial é o café verde (não torrado). O Brasil exportou 513,83 milhões de dólares em café não torrado para o mercado árabe em 2024. A perspectiva de crescimento também é confirmada pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que apontou para potencial de expansão das vendas de café verde para Arábia Saudita, Kuwait e Argélia neste ano de 2025.
Outros produtos também são vistos como grandes apostas de crescimento de exportações para estes países, como a carne bovina, que somou exportações equivalentes a 1,211 bilhão de dólares em 2024. Dessa forma, o café e a carne bovina são apenas dois exemplos da grande oportunidade que está surgindo neste momento para os exportadores brasileiros nos mercados árabes, que podem fazer da crise um momento de crescimento e lucros crescentes.
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Produzido por Bryan Hudson de Moraes e José Vitório Picoli.
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