As exportações brasileiras continuam crescendo mesmo durante a pandemia, solidificando um perfil de exceção à crise comercial generalizada dentre as maiores economias do mundo no âmbito do G-20 prevista pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Um dos fatores responsáveis por esse bom desempenho brasileiro, mesmo durante um cenário conturbado de pandemia, é a abertura do mercado nacional para países asiáticos realizada pela ministra da Agricultura Tereza Cristina após sua comitiva diplomática no continente asiático realizada em 2019, na qual foram realizados encontros com autoridades e investidores de países como Japão, China, Vietnã e Indonésia.
Segundo o secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, no período de janeiro a abril de 2020 o Brasil cresceu em volume total de exportações e aumentou sua participação no mercado asiático, de modo que, no primeiro quadrimestre do ano, cerca de 45% das exportações brasileiras tiveram como destino a Ásia. Ainda, de acordo com o secretário, as vendas com destino à Coreia do Sul e Japão vêm crescendo significativamente nos últimos meses e, atualmente, o Brasil exporta mais para países asiáticos do que para os Estados Unidos e México. Esse fenômeno é resultante do processo estratégico de oferta e demanda, implementado através de um esforço no que tange a potencialização das vantagens comparativas do Brasil no agronegócio e no setor de commodities minerais em combinação com a demanda asiática por esse tipo de insumo.
Abaixo, a Domani Consultoria Internacional apresenta um compilado de informações acerca de alguns dos países citados e que vêm recebendo cada vez mais destaque nas relações comerciais brasileiras:
China:
A China é o principal parceiro comercial do Brasil não só no continente asiático, mas também em todo o mundo, tendo sido, no ano de 2019, o destino para pouco mais de 28% das exportações totais e 68% das exportações com destino à Ásia realizadas pelo país de janeiro a dezembro, totalizando cerca de US$93,23 bilhões. Em relação aos produtos importados pela China, percebe-se um reflexo da relação de mutualismo entre os países no que tange a oferta e demanda de insumos agrícolas e commodities. Dessa forma, categorizados de acordo com o valor FOB (US$), os principais produtos exportados para a China em 2019 foram, respectivamente:
Soja - 20,5 Bilhões
Óleos brutos de petróleo - 15,4 Bilhões
Minérios de ferro e derivados - 13,1 Bilhões
Celulose - 3,3 Bilhões
Carne Bovina - 2,68 Bilhões
Carne de frango - 1,34 Bilhão
Ferro-ligas 1,1 Bilhão
Algodão em Bruto - 816,33 Milhões
Carne de suíno congelada, fresca ou refrigerada - 611,77 Milhões
Minérios de cobre e seus concentrados - 443,13 Milhões
Japão:
O Japão em 2019 ocupou a 5.ª posição no ranking das exportações brasileiras, sendo destino de aproximadamente 2,4% das exportações totais do país, totalizando US$5,41 Bilhões, fechando, dessa forma, a balança comercial de 2019 com um superavit de pouco menos de US$1,38 Milhões, o que significa que no ano passado, o Brasil mais vendeu do que comprou insumos do Japão. Assim como a China, a relação de produtos brasileiros importados pelo país reflete a tendência de oferta e demanda quanto a insumos agrícolas e commodities Dessa forma, categorizados de acordo com o valor FOB (US$), os principais produtos exportados para o Japão em 2019 foram, respectivamente:
Minérios de ferro e seus concentrados - 113,98 Milhões
Celulose - 72,46 Milhões
Café em grãos - 50,96 Milhões
Carne de frango - 48,78 Milhões
Milho - 29,7 Milhões
Farelos e resíduos da extração do óleo de soja - 23,68 Milhões
Ferro-ligas 22,12 Milhões
Alumínio - 16,62 Milhões
Madeiras em estilhas ou partículas - 10,23 Milhões
Máquinas e aparelhos para terraplanagem e perfuração - 6,39 Milhões
Coreia do Sul
A Coreia do Sul é a quinta maior economia mundial no que se refere às exportações no mundo, sendo responsável por importar no ano de 2019 cerca de US$3,45 Bilhões em produtos brasileiros, garantindo a 10.ª posição no ranking de principais parceiros comerciais do Brasil. A solidificação das relações comerciais com a Coreia do Sul é um processo recente, visto que entre 2012 e 2016 os índices de intercâmbio comercial entre os países decaíram em quase 40% como resultado de um enfraquecimento dos laços econômicos destes. Contudo, a partir de 2017, a Coreia do Sul voltou a ganhar relevância no cenário comercial brasileiro, totalizando US$3,40 Bilhões no ano de 2019. Em vista disso, abaixo estão categorizados de acordo com o valor FOB (US$), os principais produtos exportados para a Coreia do Sul em 2019:
Minério de ferro - 595,65 Milhões
Milho - 581,08 Milhões
Farelo de Soja - 503,83 Milhões
Etanol - 250,89 Milhões
Carne de Frango - 220,81 Milhões
Ferro-ligas - 186,52 Milhões
Produtos semimanufaturados de ferro ou aço - 156, 52 Milhões
Celulose - 154,73 Milhões
Minérios de cobre - 133,04 Milhões
Algodão - 76,23
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