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Relações Comerciais entre o Brasil e os Países Árabes

Atualizado: 20 de mai. de 2021

Relações Comerciais entre o Brasil e os Países Árabes


As relações comerciais brasileiras com os países árabes vêm aumentando consideravelmente nos últimos anos, atingindo marcos impressionantes mesmo durante a pandemia da covid-19. Considerando todas as alterações e mudanças no Mercado Internacional, o comércio bilateral entre o Brasil e os países que pertencem à comunidade árabe vem se mostrando de extrema importância no novo contexto global em que o comércio internacional será redesenhado e o crescimento econômico retomado.

Crescimento do comércio bilateral entre o bloco

As primeiras relações comerciais entre o Brasil e a liga árabe começaram a tomar novas proporções nos anos 1980, no momento da crise do petróleo, quando o reino árabe iniciou a troca de combustíveis fósseis por itens de que necessitava com nações consideradas amistosas. Assim, o Brasil por seus traços culturais não beligerantes, foi visto como um país que prezava pela cooperação. O período crítico da crise do petróleo criou uma ocasião para a Embraer exportar aviões para o reino árabe, fazendo com que atingisse outros setores. Logo em sequência, houve o convite para que o Brasil construísse rodovias no Iraque além da Arábia Saudita, que começou a importar frango halal produzido nos frigoríficos brasileiros, adequando-se à cultura islâmica. Atualmente, o Brasil é conhecido como o maior exportador de frango halal no mundo.


Ainda sobre as relações comerciais entre os países, é interessante ressaltar que, no ano de 2019, os países árabes compraram quase US$ 2,4 bilhões de frango, açúcar, carne bovina, soja, milho, frutas e lácteos. Ademais, há a presença de empresas árabes no território brasileiro, como a DP World, de Dubai, responsáveis por controlar um dos maiores terminais do Porto de Santos, a Qatar Holdings, que tem participações na Latam (companhia aérea brasileira) e o fundo saudita Salic, que possui posições em um grande frigorífico brasileiro. Em suma, analisando as transações citadas anteriormente, podemos afirmar que as relações comerciais com a liga árabe foram benéficas tanto para o Brasil quanto para a liga.

Comércio durante a pandemia da covid-19

De janeiro a setembro de 2020, o fluxo de exportações e importações alcançou quase US$ 9 bilhões, reflexo do impacto da pandemia da COVID-19, ficando atrás do ano de 2019, que atingiu US$ 12 bilhões, apesar dos números relativamente consideráveis, por conta da pandemia, era estimado que o Brasil alcançasse US$ 25 bilhões. Diante da situação da propagação alarmante do coronavírus, os países árabes ficaram apreensivos com as importações de gêneros alimentícios e com a contaminação, assim, houve um cuidado para que os estoques árabes


Quais investimentos o Brasil faz no mundo árabe?

Com 68 anos da existência da Câmara Árabe, foi possível notar a diversidade de empresas, sendo de vários portes, ganhando visibilidade na liga árabe. Uma grande parte delas são provenientes do agronegócio, como as companhias BRF e Marcopolo, porém, há o caso de empresas menores que exportam para o bloco, como confecções, fabricantes de sorvetes e de calçados, produtores de frutas, de pedras artesanais, construtoras e fabricantes de armamentos e de máquinas agrícolas, que também são reconhecidas pelo seu sucesso.

Seria possível a Liga árabe se tornar a principal parceira do Brasil?

Para o Brasil, aumentar a intensidade de aproximação com os reinos árabes seria muito importante, visto que possibilitaria uma maior diversidade de opções para os exportadores brasileiros que poderiam ofertar novos produtos e explorar novos mercados.

É de suma importância ressaltar que a potência brasileira vem ampliando as vendas de lácteos, ovinos e caprinos para a região Árabe. Esses produtos podem ser significativos para a balança comercial brasileira, fomentando a geração de empregos no campo e contribuindo para o aumento da receita dos produtores rurais. Ademais, o estreitamento de relações comerciais com alguns países como Emirados Árabes, Catar, e Arábia Saudita, poderá colaborar para a inserção do agronegócio nessas regiões, que são consideradas ricas; especialmente, ao estimular os árabes a investirem em novas áreas sem ser somente no agronegócio para o Brasil.


Segundo dados da Grand View Research, o mercado de mundial de alimentos halal - que são produtos permitidos de acordo com a religião islâmica - deve atingir 739,59 bilhões até 2025, por conta do aumento populacional muçulmano. Atualmente, cerca de 25% da população mundial compra carnes abatidas no mercado halal - que engloba aves e bovinos - e os maiores importadores são Arábia Saudita, Egito, Malásia, Emirados Árabes e Indonésia, e assim o Brasil deve ter um olhar crítico sobre esses indicadores. O mercado para as empresas brasileiras de alimentos será vantajoso, assim deverá haver relações diplomáticas e questões sanitárias resolvidas. Considerando que o fortalecimento de acordos bilaterais será essencial para a permanência do setor.


Para Rubens Hannun, representante da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, o estreitamento das relações com os árabes poderá ter um impacto de até 70% nos negócios com o bloco, conhecido como o terceiro maior parceiro comercial do Brasil atualmente. Os países árabes, por exemplo, estão no topo do ranking de importação de proteína animal brasileira.

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