Mantendo-se estável nos últimos anos, o comércio entre Brasil e Índia atingiu forte crescimento em 2021. Nos primeiros quatro meses deste ano, as exportações do Brasil para os países asiáticos aumentaram 23,6% e acumularam um valor de US $1,776 bilhão. Nesta mesma época, as vendas da Índia para o Brasil aumentaram 25,9%, somando US $1,868 bilhões. O comércio (exportação + importação) entre os dois países foi de 3,146 milhões de dólares. A balança comercial bilateral deu aos indianos um superávit de 592 milhões de dólares, apenas nos primeiros quatro meses de 2021.
Oportunidades no mercado indiano
Durante uma palestra no evento promovido em parceria entre a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), chamado de “A Nova Política Externa Brasileira: Índia”, a embaixadora Maria Izabel Vieira, Diretora do Departamento de Índia e Sudeste da Ásia do Ministério das Relações Exteriores, afirmou que “a Índia é o quarto maior parceiro comercial do Brasil na Ásia e o décimo em todo o mundo. É um mercado importante e que ainda tem muito a ser explorado, pois tem grande potencial de ampliação. Em 2019 e 2020 houve uma queda no intercâmbio comercial bilateral, mas ainda assim a Índia conseguiu elevar a sua posição relativa entre os parceiros comerciais brasileiros”.
Mesmo destacando a oportunidade de investimentos em outras áreas comerciais de grande relevância, que ainda não foram exploradas, a embaixadora aponta que a pauta exportadora brasileira para o gigantesco mercado indiano não conta com grandes variedades: “entre janeiro e abril deste ano, apenas quatro produtos responderam por 77,5% das nossas exportações para a Índia. São eles petróleo (com 48% do total embarcado), ouro (12%), gorduras e óleos vegetais (9,3%), açúcares e melaços (8,2%). Esse é um problema que pode ser resolvido com a inserção de mais produtos manufaturados, que tenham maior valor agregado. Do lado indiano, por exemplo, 99% dos produtos vendidos ao Brasil pertencem à categoria dos bens manufaturados.
Existe uma extensa lista de produtos com potencial de serem exportados para o mercado indiano apontados pela embaixadora como carne suína, frutas, óleos vegetais, calçados e móveis, além do petróleo, que já lidera a pauta exportadora brasileira para os indianos, com uma participação de 40% no total embarcado. De acordo com a embaixadora Maria Izabel Vieira, “Outras áreas de importância e com potencial de aumento das exportações são os de máquinas, logística, armazenamento e processador de alimentos. A Índia tem uma carência no processamento de alimentos, inclusive nas cadeias frias e a experiência e tecnologia brasileiras nessa área são de grande interesse do lado indiano.
Comércio Brasil-Índia
Além da ampliação e diversificação da pauta comercial, especialmente através do acréscimo de produtos industrializados às exportações brasileiras para a Índia, a embaixadora Maria Izabel Vieira acredita que existem grandes possibilidades de ampliação dos investimentos diretos realizados entre si pelos dois países.
Segundo ela, o estoque de investimentos de empresas indianas no Brasil é de cerca de US $6 bilhões e se concentra nos setores de infraestrutura, transmissão de energia, na indústria automotiva, químicos, defensivos agrícolas, tecnologia da informação e no setor hoteleiro. Enquanto os investimentos brasileiros na Índia chegam a US $1 bilhão e envolvem setores diversificados, como motores elétricos, automotivo, siderurgia, tecnologia da informação, automação bancária e comercial, mineração e equipamentos médicos.
Expectativas para a Índia
A embaixadora destaca que em 2030 a Índia superará a China como país mais populoso do planeta e que hoje o país é a terceira maior economia mundial, com um Produto Interno Bruto (PIB) por Paridade de Poder de Compra da ordem de US$ 10,25 trilhões e um PIB nominal de US$ 3,05 trilhões. Além disso, o setor farmacêutico da Índia ocupa a décima-quarta posição mundial em termos de valor e a terceira em matéria de vendas. O país é o principal supridor mundial de medicamentos genéricos em volume, com uma participação de 20% no setor em todo o planeta. A Índia também se destaca em matéria de produção e exportação de vacinas e responde por 62% do mercado mundial desses imunizantes.
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